O Código Negro foi promulgado pela França para regular a escravidão nas colônias. Entre suas disposições estava a proibição de práticas religiosas africanas, incluindo o vodou, como parte de uma tentativa de impor o cristianismo entre os escravos.
1685
1791
A cerimônia vodou de Bois Caïman é considerada o ponto de partida da Revolução Haitiana. Este evento levou a uma repressão intensificada do vodou pelos colonizadores franceses, que temiam o poder mobilizador da religião.
1860
O acordo entre o governo haitiano e a Igreja Católica Romana levou a uma campanha agressiva contra o vodou, que foi visto como uma ameaça à influência da igreja no país.
1915
Durante a ocupação americana do Haiti (1915-1934), as forças de ocupação e missionários protestantes lançaram campanhas para erradicar o vodou, vendo-o como uma prática primitiva e um obstáculo ao progresso.
1935
O presidente haitiano Sténio Vincent lançou uma campanha para suprimir o vodou, resultando na destruição de santuários e perseguição de praticantes, sob a alegação de que o vodou era uma prática bárbara e retrógrada.
1941
O presidente haitiano Élie Lescot intensificou a repressão ao vodou, colaborando com a Igreja Católica para destruir templos e artefatos religiosos, numa tentativa de modernizar o país e reduzir a influência do vodou.
1950
François Duvalier, conhecido como Papa Doc, usou elementos do vodou para consolidar seu poder, ao mesmo tempo em que reprimia certas práticas e líderes vodou que considerava ameaças ao seu regime.
1986
Após a queda de Jean-Claude Duvalier, houve uma breve abertura para a prática do vodou, mas também uma série de ataques contra praticantes, refletindo a contínua tensão entre modernidade e tradição no Haiti.
1994
O governo haitiano reconheceu oficialmente o vodou como uma religião legítima, marcando uma mudança significativa nas políticas de repressão, embora a discriminação e os preconceitos ainda persistissem.
2003
O presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide declarou o vodou uma religião oficial do Haiti, proporcionando proteção legal aos praticantes e reconhecimento de sua importância cultural e histórica.
2010
Após o devastador terremoto de 2010, houve um aumento na perseguição contra praticantes de vodou, com acusações de que a prática era responsável pelas calamidades que atingiram o país.
2015
Organizações não-governamentais e grupos de direitos humanos começaram campanhas educativas para combater a discriminação contra o vodou, promovendo uma melhor compreensão e respeito pela religião.
2018
A UNESCO reconheceu o vodou como parte do patrimônio cultural imaterial da humanidade, ajudando a proteger e preservar as práticas religiosas contra campanhas anti-vodou.
2020
Campanhas nas mídias sociais foram lançadas para desmistificar o vodou e combater estereótipos negativos, promovendo uma imagem mais precisa e respeitosa da religião.
2023
A produção de documentários e filmes sobre o vodou aumentou, ajudando a educar o público global sobre a religião e a combater as campanhas anti-vodou através de uma representação mais autêntica.